O título se refere à minha primeira consulta pelo Sistema Único de Sufoco (mais conhecido como SUS) em Brasília. Mais uma vez eu tive que usar o "jeitinho brasileiro": os especialistas dos quais realmente preciso com freqüência são o dermatologista (por causa da acne) e o neurologista (por causa da epilepsia), mas eu precisaria passar primeiro pelo clínico geral para ele me encaminhar para esses especialistas. No posto de saúde menos distante da minha casa, em Taguatinga Sul, a situação está tão caótica que não há previsão para marcação de consultas com clínico geral (tanto que nunca tinha me consultado lá), mas descobri que tinha vaga para ginecologista. Mesmo sem ter interesse nem necessidade de me consultar com o ginecologista, marquei só para pedir o encaminhamento para o neurologista.
Na verdade esse "encaminhamento" é o direito de ficar numa lista de espera aguardando vários meses (talvez anos) e ainda correr o risco de perder a oportunidade de marcar a consulta porque no dia em que ligaram o telefone que você deixou estava ocupado, bloqueado ou simplesmente ninguém atendeu (eles só anotam um telefone e só serve fixo). Como sou realista, nem vou perder tempo pedindo encaminhamento para dermatologista, vou deixar esse especialista para quem tem graves lesões cutâneas e precisa se consultar com freqüência maior e/ou cujos remédios são mais caros. Eu já sei o que eu preciso usar, só me falta dinheiro para comprar. Ao contrário da acne, a epilepsia, sem a medicação de controle, me traz riscos de vida.
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