Páginas

segunda-feira, abril 25, 2011

E quando dá vontade de desistir?

Atleta na linha de chegada
Gabriela Andersen-Schiess, Olimpíadas de Los Angeles, 1984

Assim como todo mundo, de vez em quando eu tenho vontade de jogar tudo para o ar, chutar o pau da barraca, dar o pinote, sumir no mundo.

Atualmente estou vivendo uma situação assim: desejei algo, consegui o que eu queria e agora penso todo dia em desistir do que conquistei. Resumindo assim parece absurdo, mas está acontecendo neste exato momento com mais alguém que você conhece. Quem nunca, em fases complicadas, pensou em largar o namorado, o emprego, o marido, o cursinho, a religião, a academia, a faculdade…?

É aí que entra a famosa determinação. Se você sabe porque escolheu aquilo e onde quer chegar, vai saber a hora certa de fazer sacrifícios. Não vale confundir sacrifício com sofrimento. Quando o sacrifício é por amor a algo maior que você escolheu e a recompensa vale a pena, ele faz parte do verbo lutar, nunca do verbo sofrer. Pode ser complicado, cansativo, mas você vai fazer tudo com satisfação por estar cada vez mais perto de realizar seu sonho, alcançar sua meta. Mesmo fazendo sacrifícios, e talvez por causa deles, você se sentirá feliz.

Ao contrário, se esse sacrifício não está te levando a lugar algum e ainda faz você perder tempo e energia que deveriam ser investidos na luta por seus verdadeiros sonhos, você está acomodado e precisa dar a volta por cima. É hora de dar o pinote.

E o sacrifício que você está fazendo atualmente? Te dá satisfação porque é apenas uma batalha na luta por uma recompensa maior ou apenas te traz sofrimento porque impede você de conquistar o que realmente almeja? Você faz sacrifícios porque é determinado ou porque é apenas resignado?

Imagem: São apenas palavras

Boa reflexão!



Pix meutedio arroba mail ponto com

6 comentários:

  1. O importante é não desistir; como essa famosa corredora das Olimpíadas de Los Angeles (EUA - 1984).
    Alguém aí se lembra de quem venceu a corrida? É claro que não! Porém, a determinação desta corredora de chegar até o fim a tornou eterna (Há quem digar que ela já é falecida, não tenho certeza)!
    Não importa o marasmo no qual você se encontra, haverá sempre um bom motivo para sair de onde você se encontra, seja o buraco, lama, o que for!
    Deus nos dá força para lutar, o empurrão é por nossa própria conta!
    Um abração e um beijão para você!!

    Enos

    ResponderExcluir
  2. Esse feriado eu me superei... fui fazer trilha em Bonito-MS e no fim de um percurso de 4km, tínhamos uma escadaria com 864 degraus para subir. Aquilo seria a recompensa de chegar ao topo da serra e ver aquele lindo vale com o pôr do sol ao fundo. Eu, com excesso de peso, falta de preparo físico, fui na onda achando que daria conta. Passei os 100 primeiros degraus, os 200, 300, 400. E meu coração estava a mil e o ar já me faltava. Fui subindo de pouquinho em pouquinho enquanto todo mundo me ultrapassava. Fui ficando pra trás, com a companhia do guia Kayke (ele é obrigado a ficar com o último da fila).
    O ar foi faltando, faltando... e só eu sei o que eu passei lá em cima, eu e o Kayke do lado. No fim, o sol já havia se colocado atrás do horizonte e eu comecei a chorar. Mas consegui. Subi tudo! Eu sofri, mas superei meus limites... e o melhor: em nenhum momento eu achei que não daria conta. Acho que por isso consegui. Euzinha acreditei em mim mesma... e fui!

    ResponderExcluir
  3. Enos, coloquei legenda na foto. Não há notícia na internet sobre o falecimento de Gabriela Andersen-Scheiss. Tudo indica que ela ainda está viva.

    Bruna, obrigada pelo testemunho. Valeu demais!

    ResponderExcluir
  4. Olá Helen

    Acho que nosso grande problema é achar que devemos ser felizes e agradecidos com as conquistas que realizamos, nos sentimos muitas vezes culpados: "mas eu queria tanto isso e agora que tenho não estou animada", acontece que não sabemos como é o sabor da conquista e o quanto aquilo representa pra nós a até conseguirmos, não temos tempo de ensaiar ou experimentar pra ver como pode ser, se vamos gostar, porque a vida não permite rascunhos, é tudo a vera estando você ou não satisfeito com os resultados.

    A partir disso, começo a pensar que não devo me obrigar a ser feliz com tudo que me acontece, devo me permitir sentir as coisas de modo sincero, pra quer fingir? Ando pensando que a busca tem me dado mais prazer que a conquista, porque a busca é dinâmica, exige de nós esforço e sagacidade, já a conquista só nos permite o desfrute, com o tempo nos acostumamos, nos acomodamos e ficamos com esse tédio paralisante e uma frase que ninguém responde: "Acabou, é só isso?" o nome disso é rotina e nem todo mundo é feliz com ela, por melhor que isso possa parecer para os outros, acho que não nasci pra isso, gosto de desafio, a mesmice me cansa mais que acorreria, talvez porque eu goste de sentir meu coração pulsar forte pra me sentir viva, capaz e feliz de novo!

    É isso. Um Abraço

    @anakint

    ResponderExcluir
  5. Ana Karenina, acredito que podem existir vários motivos que levam à vontade de desistir. No meu caso atual, por exemplo, não é falta de ânimo nem mesmice, muito pelo contrário. Estou em uma fase excitante e muito animada, cheia de novidades.

    O meu sacrífico é o cansaço físico (que é bastante visível e tem vários sintomas fisiológicos) e o fim de alguns regalias, já que agora tenho menos tempo livre.

    Amo seus comentários. Volte sempre!

    ResponderExcluir
  6. Minha vontade de desistir é pelo fato que nunca consigo atingir minhas metas, estou na faculdade e nao consigo atingir as notas, tenho vontade de desistir, largar tudo...jogar o balde...meu pai paga e eu estudo, nao saio, meu foco é o estudo...mas nao consigo entender onde esta o meu erro...
    @danny_correa

    ResponderExcluir

Todos os comentários são moderados pela autora do blog.