Eu estava na casa do meu pai e aproveitei para dar uma fuçada nos livros da minha madrasta. Devorei três do Sidney Sheldon que eu não tinha lido ainda e também me interessei por esse da M. J. Ryan com título bastante atrativo.
Sim, é um livro sobre comportamento. Alguns insistem em chamar de autoajuda, mas eu acredito que todo livro é autoajuda, então essa classificação é chover no molhado.
Muita gente adora falar mal desse tipo de livro e dizer que é tempo desperdiçado, que só serve para massagear o ego, que é livro para quem não tem amigos, etc. Mas esses textos que nos convidam à introspecção só funcionam quando estamos incomodados com algo em nós mesmos a ponto de realmente querermos evoluir. Ler só para se sentir melhor durante a leitura ou ficar esperando a mágica acontecer não funciona mesmo.
E como já sou uma pessoa introspectiva por natureza, sempre que escolho um desses livros consigo melhorar algum comportamento ou padrão de pensamento, então não me arrependo de nenhum dos muitos que já li. Até O Segredo, com aquela teoria mirabolante, me ajudou a manter o ânimo e continuar acreditando numa época em que eu não estava enxergando a luz no fim do túnel.
O que me atraiu para O Poder da Paciência foi o meu excesso de ansiedade por algumas coisas que estão demorando a acontecer, mesmo com todo o meu esforço. Já falei um pouco sobre isso no post Minha vida deu um nó.
O livro é cheio de clichês? Sim. É cheio de frases bonitas que tentam aumentar a autoestima do leitor? Sim. Mas se você relevar tudo isso, vai conseguir algumas dicas interessantes e também ter alguns insights sobre o que está acabando com a sua, a minha, a nossa santa paciência.
Dentre as coisas interessantes do livro, estão as relações que a autora faz entre a paciência e outras virtudes que buscamos:
- paciência ≫ serenidade ≫ felicidade;
- paciência ≫ aceitação ≫ empatia ≫ moralidade;
- fé ≫ paciência ≫ persistência ≫ resultados;
- paciência ≫ tenacidade ≫ talento ≫ genialidade.
Realmente poderosa a Dona Paciência!
E como não poderia deixar de ser, a obra traz vários exemplos da falta dela. Existem pessoas, por exemplo, que não têm paciência para esperar aquilo que não depende delas. Nesse aspecto eu sou mais tranquila porque nem com trânsito e fila eu me irrito - a não ser que esteja quente ou que alguém esteja ouvindo música sem fone de ouvido, então eu me irrito com o calor ou com o barulho, dos quais não posso fugir. Bem, pelo menos eu acho que isso não é falta de paciência, mas sim falta de um outro tipo de autocontrole.
Mas a minha falta de paciência aparece mesmo quando faço algo que trará resultado X porque quero que esse resultado X apareça imediatamente. Como não é tão simples assim, porque tudo tem seu período de gestação, minha impaciência vira ansiedade, minha ansiedade vira angústia e assim vou me consumindo esperando esse resultado futuro de forma que não aproveito o presente tão bem quanto deveria.
Em uma parte do livro, a autora nos convida a tentar descobrir ou lembrar quais são nossos gatilhos de impaciência. Não foi difícil pra mim descobrir o meu porque é o mesmo gatilho da minha falta de foco, assunto sobre o qual já falei nos posts O que eu vou ser quando crescer? e Muita opção, muita angústia.
E o gatilho vencedor é… Ops! Temos uma vencedora: internet. É muito óbvio ou alguém desconfiava de outra coisa?
Não tenho internet móvel (3G, 4G e cia), meu problema é a banda larga, que ainda não sei se vou cancelar ou reduzir. Estou estudando as possibilidades. Mas do jeito que está garanto que não vai ficar.
Voltando ao livro, O Poder da Paciência é uma obra que eu só compraria se várias pessoas da minha família quisessem ler, assim poderia compensar. Se só você está interessado, tente achar com alguém que já tem ou até mesmo em pdf, a não ser que você tenha sérios problemas com falta de paciência e acredite que esse livro poderá ser útil em vários momentos ao longo da vida. Nesse caso, faça o investimento e seja feliz.
Boa leitura!
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