Depois do Chromecast, passei a prestar mais atenção aos sites e aplicativos de vídeo sob demanda do mundo inteiro e notei que o Brasil ainda está devendo. Países como Índia, Paquistão e Tailândia estão bem mais adiantados nisso.
Esta semana já compartilhei essa sensação com vários colegas de trabalho - radialistas e jornalistas que trabalham em uma emissora de televisão estatal - e várias ideias surgiram, já que aqui em Goiás temos muitas produções que ficam escondidas depois que os festivais acabam. E acredite: também temos vários filmes financiados com DINHEIRO PÚBLICO, dinheiro NOSSO, que nem de festivais participam, depois de prontos vão direto para a cinemateca de um museu de Goiânia. Seria interessante os editais já incluírem a cláusula de divulgação on-line obrigatória e melhor ainda seria um site e um aplicativo onde essas publicações ficassem disponíveis e devidamente organizadas. Serviços como YouTube e Vimeo poderiam ser utilizados para o streaming.
Hoje li uma notícia do ano passado que me animou um pouco. Este ano o Ministério da Cultura pode lançar um aplicativo de streaming com produções nacionais.
- Espero que seja verdade.
- Espero que não cobrem mensalidade nem aluguel por produções financiadas com dinheiro público.
- Espero que o recurso seja multitela, tanto para dispositivos móveis como para computadores.
- Espero ainda que seja compatível com Chromecast e também possa ser transmitido para SmartTVs.
E com um aplicativo nosso, não ficaríamos só no circuito comercial, como é o caso das produções brasileiras que conseguem chegar ao Netflix. Temos excelentes documentários e curtas que quase sempre ficam restritos a um pequeno segmento de intelectuais que assistem filmes em canais como TV Câmara, TV Senado, TV Brasil, TV Cultura. Sem falar nas produções que citei no segundo parágrafo: nunca chegam a público algum.
E por falar nas emissoras públicas ou estatais, elas também criam excelentes produções sem fins lucrativos que já estão disponíveis on-line, mas que teriam muito mais espectadores se estivessem em um único site/aplicativo que as organizasse por temas. Por exemplo: você assiste um documentário sobre tráfico de drogas e recebe recomendação de documentários e filmes de ficção sobre o mesmo assunto de diversas emissoras/produtoras, assim como já acontece no Netflix.
Vamos organizar as ideias. Até aqui, esse é o conteúdo gratuito do nosso aplicativo imaginário:
- Produções de TVs públicas, estatais, legislativas, universitárias.
- Produções financiadas com dinheiro público - inclusive aquelas feitas para emissoras comerciais.
- Produções universitárias sem fins lucrativos.
- Produções que já são de domínio público.
- Produções comerciais que queiram oferecer o SD gratuito e cobrar apenas pelo HD ou 4K.
- Produções comerciais que queiram ser gratuitas.
Com aluguel, compra ou pagamento de mensalidade, teríamos as produções comerciais com fins lucrativos ou realizadas sem dinheiro público.
Modéstia de lado, eu tenho ótimas ideias, mas não entendo de ganhar dinheiro, então me perdoem pelos furos que revelam minha falta de malícia comercial.
E já que não sei ganhar dinheiro mesmo, por favor, roubem minhas ideias porque meu dedo de baixar aplicativo já está coçando.
Até mais!
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