É um filme sobre como um prazer se torna obsessão, como essa obsessão se transforma em vício, como esse vício reduz uma pessoa ao espectro de quem poderia ter sido.
Quando você vê o nome e os cartazes, parece ser um filme que exalta o sexo, mas é exatamente o contrário. As cenas de sexo e masturbação são tão mecânicas e deprimentes que de excitantes não têm nada.
Gosto das árvores, das folhas, das cenas no bosque, na floresta, nas montanhas.
Gosto da bonita relação entre Joe e o pai, mas também fiquei curiosa para entender melhor o problema da mãe dela.
Gosto das digressões de Seligman, inclusive as fracas.
Gosto da lucidez da Joe sobre sua própria realidade.
Gosto da "amizade" inesperada entre uma ninfomaníaca e um virgem viciado em conhecimento. Gosto do fim inesperado dessa "amizade".
Fico triste pelo destino de Marcel.
Fico triste pela transformação de Jerome.
Fico triste por Joe não ter encontrado seu lugar na sociedade. Não sendo homem, ela só teria alguma chance de se encaixar transformando o sexo em negócio, seja como prostituta ou atriz pornô.
Acho estranho a Joe nascer com olhos azuis e na idade adulta ter olhos escuros.
E me identifiquei bastante com uma das frases que a Joe fala no filme:
Basicamente, estamos todos esperando permissão pra morrer.
Os volumes 1 e 2 da versão censurada já estão disponíveis no Netflix.
Até mais!
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