Desde 2019, eu não fazia texto sobre virada de ano. Este ano, achei propício fazer de novo. Eu gosto de ler esse tipo de texto porque sempre me traz alguma ideia ou inspiração, então acho que o meu também pode ser útil para alguém.
E o que aconteceu depois do ano maravilhoso? Mais anos maravilhosos. Sei que a pandemia entristeceu muita gente, mas nunca neguei que o isolamento social me fez muito feliz. Quando a pandemia nos obrigou a trabalhar em casa, entre 2020 e 2021, tive meses deliciosos! Sem precisar me arrumar e me deslocar para ir trabalhar, eu tinha muito mais tempo para curtir minha casa, meus gatos e meus hobbies, foi mágico!
Mas 2022 já começou triste porque, logo depois das minhas férias de 2021, precisei voltar ao trabalho presencial. 2022 teve meses de muito desânimo, tédio e poucas novidades.
Doente
Para piorar um ano que já não tava bom, adoeci em julho. Começou na manhã de uma sexta-feira, com dores musculares. Achei que fosse efeito colateral da isotretinoína. Depois do almoço, comecei a ter febre e delírio, então achei que fosse dengue. Só na segunda-feira, fiz o teste para confirmar o diagnóstico: Covid-19. Uma semana em casa passando por vários sintomas, que amenizei um pouco seguindo as recomendações do médico sobre dipirona e pastilhas para a garganta.
Na semana seguinte, já voltando a trabalhar, apareceram novos sintomas: coceira na perna e uma dor esquisita que parecia vir dos nervos. Achei que tivesse relação com Covid-19 ou com a isotretinoína. Passei algumas noites sem conseguir dormir com essa agonia terrível.
Quando finalmente fui à consulta marcada com a dermatologista, ela soltou a braba: herpes-zóster. Ainda bem que o tratamento é acessível: Aciclovir. Como eu nem desconfiava que era outra doença, marquei consulta com a mesma médica com quem já estava fazendo tratamento. Mas a verdade é que eu deveria ter ido à emergência de qualquer hospital para pegar a receita logo e não sofrer tanto. Que doença horrível! Para quem não conhece ainda, é o vírus da catapora que fica no corpo esperando uma situação de estresse para atacar os nervos. E a situação de estresse, no meu caso, foi a Covid-19 que parecia dengue.
Em agosto, já estava melhor de saúde. Até voltei para a academia, já que tinha parado de frequentar em 2020 justamente por medo de pegar Covid-19.
Em setembro, começaram minhas férias, com lazer e viagens. Como eu também tinha muitas folgas acumuladas e precisava tirar tudo antes do fim do ano, juntei tudo para ficar dois meses longe do trabalho.
E tudo mudou…
Mas na última segunda-feira de setembro, abri o e-mail e li a notícia: convocada para trabalhar em Brasília. Foi uma correria para juntar a papelada e marcar viagem para o dia seguinte.
Terça-feira, fui para Brasília, da rodoviária direto para o Banco do Brasil para abrir uma conta-corrente. Não foi fácil convencer o gerente a abrir minha conta, ele queria até que eu fizesse uma declaração com informação falsa dizendo que eu era autônoma, sendo que eu tinha meu contracheque de servidora pública. Foi estranho.
Quarta-feira, fui levar a papelada ao novo trabalho e tentei ver um apartamento na Asa Norte, perto da UNB, mas não deu certo.
Na quinta-feira, fui ver apartamentos no Guará e nenhum servia pra mim, até que eu pedi para a corretora me mostrar outro apartamento muito longe dali, na Asa Norte, e decidi que era ali que eu queria morar. No mesmo dia, voltei para Goiânia porque na sexta-feira de manhã eu tinha um compromisso com a minha mãe.
Queriam que eu começasse no novo emprego dia 3, mas consegui adiar para o dia 13 porque estava de férias e não podia acumular dois cargos públicos. Mas perdi todas as folgas que acumulei trabalhando na TV.
Cansaço
Outubro foi um mês cansativo com tanta coisa para encaixotar (parecia que não ia acabar nunca), muitas viagens entre Goiânia e Brasília, muitas coisas para resolver. Voltei de Sergipe para Goiânia dia 10, fui para Brasília dia 12, comecei a trabalhar dia 13, voltei a Goiânia dia 15 para encaixotar mais coisas, fui para Brasília dia 16, voltei para Goiânia dia 21 (e ainda tinha coisa para encaixotar), me mudei para a Asa Norte dia 22.
E ainda tive problemas em Goiânia porque a dona da casa fez vistoria abusiva e não me devolveu todo o dinheiro da caução; o órgão em que eu trabalhava publicou minha exoneração com atraso e eu tive medo de dar tudo errado. Ou seja, além do cansaço físico, muito cansaço psicológico com tudo que acontecia (ou deixava de acontecer).
Mas foi no meio dessa loucura que meu ano novo começou. Realizei meu sonho de voltar a morar em Brasília, com mudança de emprego, de jornada de trabalho, de salário, de custo de vida, de estilo de vida…
Mudanças
A ideia de ir para o trabalho de bicicleta ainda não se concretizou, mas sem dúvida vou tentar no tempo seco. A pé, já fui várias vezes, em dias sem chuva, mesmo porque sempre tenho o plano B de chamar Uber, caso o tempo mude no meio do caminho.
A ideia de trazer minhas gatas para morar no apartamento não vai se concretizar porque são gatas adultas, muito acostumadas a morar em casa com quintal, árvore, jardim, animais para caçar… Elas estão ainda mais espaçosas na casa da minha mãe, de quem elas gostam muito. E como o lote é enorme, cada uma tem seu território. Seria tortura força-las a ficar trancadas o dia inteiro sozinhas no apartamento, sendo que elas nem se gostam. Provavemente sairiam que nem foguete pela porta na primeira oportunidade. Quando vou a Goiânia, elas me reconhecem e a Raulina faz questão de passar o máximo de tempo comigo.
Quem acompanha o Meu Tédio no Telegram, já deve ter notado que uma grande mudança é a minha nova carga horária de trabalho, já que agora trabalho o dia inteiro e sobra pouquíssimo tempo para atualizações no blog e na TV Meu Tédio.
Novidades que janeiro trouxe
Quando janeiro chegou, eu tinha mais sensação de continuidade de que recomeço. Meu ano novo começou há 3 meses e eu já tô "no pique" faz tempo.
Para o primeiro semestre de 2013, meu projeto é a CNH. As aulas noturnas já estão me atrapalhando a dormir, então é melhor eu conseguir essa bagaça desta vez e sem enrolar muito.
Lá para abril ou maio, depois das aulas da autoescola, voltarei a ter algum tempo para praticar atividades físicas regularmente. Estou cogitando seriamente ioga e canoagem.
Também sinto falta de atividade musical e estou pensando em comprar um violão.
Mas agora, só estou focada na CNH mesmo e os outros projetos vão ganhar forma na hora certa.
Até mais!
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