Quem me conhece um pouquinho sabe que gosto mesmo de andar, pra baixo e pra cima com minha mochila nas costas. Estou acostumada a entrar com ela em supermercados, lojas de departamento, sebos, farmácias, sapatarias, lojas de R$1,99, etc. Ontem fiquei triste e contrariada porque, pela primeira vez (espero que seja a última), minha mochila foi barrada em um supermercado.
Eu tinha saído da Faculdade de Medicina (1ª avenida, Setor Universitário) e estava na Avenida Anhangüera rumo ao Senac Cora Coralina (Avenida Independência, Jardim Moema). Senti sede e como não tinha lanchado ainda, pensei em comprar um garrafa de Tampico no supermercado mais próximo, o Leve. Logo depois que subi as escadas e entrei no estabelecimento, um funcionário, sugeriu que eu deixasse minha mochila no guarda-volumes. Eu disse que não queria deixá-la lá e ele disse que com a mochila nas costas eu não poderia entrar. Eu argumentei que nunca tinha sido barrada em nenhum supermercado por causa da mochila, o mal-informado disse que nenhum supermercado deixa alguém entrar com mochila. Eu continuei discordando.
Não entrei, saí do supermercado cuspindo fogo. Já estava quase cem metros distante do supermercado quando resolvi voltar para anotar o nome do filho da mãe que tinha me barrado (não sabia exatamente o que ía fazer com aquela informação, mas eu quis anotar). O Jonas, sujeito que barrou minha mochila, ficou desconfiado e não quis me passar seu sobrenome, mandou eu reclamar no balcão de atendimento.
No balcão de atendimento falei com uma senhora chamada Cleusa Maciel que confirmou que aquele realmente era um procedimento do supermercado. Eu contei que aquilo nunca tinha acontecido comigo e que minha mochila sempre tinha entrado comigo em supermercados, livrarias, farmácias, etc. Ela disse que nos outros supermercados têm lacra volumes, mas nunca mandaram eu colocar minha mochila linda naqueles lacra-volumes insossos. Esse povo do Leve é maluco!
Fui embora, nervosinha, nervosinha e sem o meu Tampico. Problema deles! Enquanto eles tiverem essa atitude otária eu continuarei comprando meus lanchinhos no Bretas, no Marcos, nas Lojas Americanas, no Carrefour e em muitos outros estabelecimentos onde eu entro com a minha preta nas costas. Agora é assim! Se barrar minha pretinha eu não entro.
A noite eu tive uma briga horrorosa com o meu pai, apanhei de chinela e de cinto dele só porque contei isso. Ele disse que eu é que tava errada e não acreditou quando eu disse que entrava em outros supermercados com mochila nas costas. Sou figurinha fácil no Bretas e nas Lojas Americanas da Avenida Anhangüera e do Buriti Shopping. No Carrefou eu vou raramente e no Marcos eu ía muito quando trabalhava na Vivo. Quem entrar em um desses supermercados e ver uma baixinha de óculos com uma mochilona preta nas costas pode saber que sou eu comprando meus lanchinhos: Tampico, Todynho, chocolate, suco de morango, batata frita, etc.
Mochileiros, uni-vos, não entrem em supermercados onde sua mochila não é bem recebida. Se as dondocas podem entrar com bolsa, porque os mochileiros não podem entrar com suas mochilas. Se for medo de roubo o supermercado Leve é mesmo otário: é muito mais fácil roubar com uma bolsa a tiracolo do que com uma mochila nas costas. Vai entender essa gente!