A risada é a linguagem mais universal dos seres humanos. Mesmo as pessoas tristes sorriem ao observarem um gato virando a mesa posta ou verem Charles Chaplin.
Os cientistas descobriram que a risada é uma das poucas coisas que é tão boa para nós quanto parece.
Os seres humanos começam a rir cedo - com dois e três meses. Quando crianças rimos mais de 400 vezes por dia, quando adultos, 15.
As pessoas riem antes de contar uma história engraçada. Os ouvintes sorriem em conversas para incentivar quem está falando. A risada pode ter se desenvolvido como uma maneira de facilitar a comunicação.
O riso é contagioso, bem como o bocejo. Quando alguém dá uma gargalhada, provoca reação em cadeia.
É o que ocorre quando se houve uma piada: o lado esquerda do cérebro entra em ação analisando a piada. O lado direito começa a trabalhar para encontrar algum padrão na piada (danos ao lado esquerdo do cérebro podem resultar numa total inabilidade de achar algo engraçado).
A atividade do cérebro se espalha para uma área associada com o processamento das informações que chegam de nossos órgãos sensoriais.
Ondas cerebrais do tipo "delta" se formam. No eletroencefalograma que traça essa atividade, uma onda "surpresa" surge no momento que o cérebro entende a piada e a risada começa.
Quando o cérebro produz muitas ondas "delta", ficamos distraídos. Enquanto o cérebro se encontra no piada, podemos não prestar atenção no que acontece a nossa volta.
O humor unifica o cérebro para encontrar explicações, e o efeito estende-se mesmo depois que a risada acabou.
Almanaque Santo Antônio, 1997