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quinta-feira, julho 12, 2007

Testando o meu PC

Meu computador chegou segunda-feira, mas só hoje (quinta-feira) o testei. Ainda não tenho monitor, então aproveitei que não tinha ninguém em casa para usar o monitor da minha tia. Agora mesmo tenho que colocá-lo de volta no lugar porque minha prima deve estar chegando. Também não tenho mesa ainda e está tudo no chão (monitor, cpu, teclado, mouse, caixas de som…). Ele tem Internet sem fio, mas pelo menos hoje não consegui captar nenhum sinal emprestado e continuo off-line. O HD é o mesmo que eu utilizava na casa dos meus pais, em Goiânia, então a maioria dos meus arquivos e programas já estão na máquina.

Passei boa parte da tarde fuçando no PC, conversando com meu pai no MSN (pelo celular) e agora a pouco liguei pra ele para esclarecer algumas dúvidas difíceis de detalhar naquela tela pequeninha do telefone móvel.

Ainda hoje vou participar da reunião da equipe de liturgia da Comunidade São Francisco de Assis. É aqui no meu bairro, só que não é perto nem seguro para ir a pé sozinha, sorte que tenho umas vizinhas motorizadas da quadra de cima que participam e talvez eu consiga carona.

segunda-feira, julho 09, 2007

Levando o cano adoidado

A minha cara de feia, pobre e analfabeta engana, tanto que todos querem "me dar o cano", "me passar rasteira", me fazer de otária.

Só fica difícil quando deixam de pagar os produtos que eu revendo e por isso não vendo fiado mais! Quanto às pessoas que já levaram sem pagar, vou ter que fazer uma pressão moral-psicológica. Acho que descobri mais uma utilidade para o orkut…

Quanto às empresas que não me pagarama ainda, vou ter mais trabalho para pressionar. Dizem que a justiça do trabalho é a mais célere, então, rezo diariamente para nunca precisar das outras. "Ô trem enrolado do caramelo!!!" A vida é curta demais ára desperdiçarmos tempo com advogados e juízes (a não ser que eu me case com um juíz, é claro!).


- Helen, você é muito contraditória! Num post diz que quer casar, noutro diz que não…
- Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
- Metamorfose ambulante? Você é a pessoa mais turrona que conheço. Nem os fatos te fazem mudar de idéia.
- Fatos? Que fatos? Tudo é ilusão, imaginação, fruto da individual construção.
- Ah! Tá!
- Além disso, eu não disse que quero me casar, eu disse "a não ser que eu me case(…)".
- Então há uma possibilidade?
- Uma em um trilhão, na prática isso é mais próximo de zero do que de um.
- Não consigo te entender…
- Não mandei você tentar!

Melancólica Asa Norte

Não sei se é só o lugar ou algo mais, mas não consigo ter simpatia por esta triste e feia Asa Norte. Talvez porque este lugar ainda não esteja associado a nenhuma lembrança feliz e divertida dos meus doze meses em Brasília, mas que é um lugar feio, ah! isso é!

domingo, julho 08, 2007

Estereótipos me irritam

O principal estereótipo que me irrita é o da mulher. Sou de famílias extremamente machistas onde as próprias mulheres se sujeitam a isso de forma que todas são ou querem ser financeiramente e emocionalmente dependentes de seus "maridinhos". Seria lindo se todas elas conseguissem ser felizes assim, mas depois de alguns anos de casamento, geralmente quando os filhos se tornam adolescentes, a maioria delas (dentre todas as quatro gerações) se lamenta por não ter estudado mais, por não ter se realizado profissionalmente, por não ter conquistado seus próprios bens materiais (só em "parceria" com o marido), por não ter aprendido bem outros idiomas, por não saber tocar bem nenhum instrumento musical, por não ter tempo para seu esporte favorito, enfim, por não terem vivido suas próprias vidas.

A maioria se casou e/ou engravidou antes dos 25 anos e daí deixou de ser ela própria para ser"a esposa de fulano", "a mãe de sicrano", etc. Só quando ocorrem as primeiras crises matrimoniais e/ou os problemas na educação dos filhos ela para para pensar e tenta se lembrar em que ponto de sua vida "se abandonou" em nome da "ordem familiar".

Acredito que uma pessoa possa ser feliz casada ou não, com filhos ou não, só não acredito que uma pessoa possa ser feliz "se anulando" e obecendo sem questionar os estereótipos que a sociedade impõe. Alguns exemplos do meu cotidiano são as frases infelizes que ouço quase todos os dias de meus familiares e outros(as) machistas com quem tenho que conviver para exercitar minha paciência e meu cérebro criando frases alternativas a esses chavões.

  1. Quando disserem que "mulher tem que saber cozinhar bem e sempre" respondo que:
    1. Homens e mulheres que gostam de cozinhar devem cozinhar sempre.
    2. Homens e mulheres que não gostam de cozinhar não devem ser obrigados(as) a fazê-lo.
    3. Homens e mulheres devem saber cozinhar para si próprios como precaução para que não passem fome.
    4. Homens e mulheres devem cozinhar para o próximo quando este for realmente impossibilitado (crianças, deficientes, doentes de cama, etc.).
  2. A mulher é a responsável pelos serviços domésticos da casa.
    1. A mulher pode ser a responsável pelos serviços domésticos da casa, desde que goste, queira e não fique sobrecarregada.
    2. O homem pode ser o responsável pelos serviços domésticos da casa, desde que goste, queira e não fique sobrecarregado.
    3. O ideal é que a responsabilidade seja dividida entre todos os adultos da família e que, nos melhores casos, dividam também o contra-cheque de uma empregada doméstica mensalista.
  3. Toda mulher tem que ser "doce", meiga e carinhosa.
    1. Toda mulher tem que ser o que é do jeito que quiser. Seja você e seja feliz!
  4. A mulher não sabe dirigir bem.
    1. A mulher pode dirigir tão bem quanto quiser e gostar.
    2. Há muito mais mulheres do que homens no volante e a maioria esmagadora dos acidentes são provocados por eles.
  5. Não escolha essa profissão. Isso é coisa de macho!
    1. Coisa de macho é ter pinto, mijar em pé, lambuzar todo o banheiro, não dar descarga e deixar a tampa do vaso aberta. O resto é unissex.

Falei, disse e repito se preciso!

Vomitando enquanto o salário não vem

Ontem à noite passei mal horrores. Nada grave, só conseqüência da minha teimosia. Senti muita dor-de-cabeça, chorei de medo de ter outra convulsão e de saudades da minha família de Goiânia.

Meu Gardenal acabou há uma semana e ainda não recebi meu salário de maio para pagar neurologista e comprar o remédio (que só é vendido com retenção de receita), mas não passei mal ontem por isso e sim por azia, tanto que vomitei depois que tomei Sonrisal.

Nunca percebo quando vou ter uma convulsão, só depois do desmaio é que acordo com dor de estômago e de cabeça. Na minha primeira vez convulsão, acordei vomitando.

Eu ía colocar neste post os nomes dos diretores da empresa que me meteram nessa enrascada e fazer um mini-resumo das principais incompetências de cada um, mas achei pesado demais, não por eles, mas porque eles têm família, pais, esposa, amante, filhos…

Dizem que é anti-ético e deselegante falar mal de uma empresa onde já se tenha trabalhado, que pode atrapalhar na busca por outro emprego, etc. Mas eu não vim ao mundo para ser igual e muito menos para seguir uma pseudo-ética hipócrita que só serve para preservar o culto brasileiro à desonestidade e a perseguição injusta àqueles que apontam e denunciam a corrupção e seus culpados.

Se uma empresa B deixa de me contratar porque eu disse que a empresa A não me pagou é porque a empresa B tem telhado de vidro e, assim sendo, é a empresa que não serve para mim e não o contrário. O nome da empresa que me registrou em CTPS é JNS Assessoria Empresarial e a empresa onde eu realmente trabalhava é AM Comunicação e Marketing.

No dia 08/08/2007 soube que a empresa passou a se chamar A4. Não gostei do novo nome, acho que D4 combina mais com eles.

Falei, disse e repito se preciso.

segunda-feira, julho 02, 2007

quarta-feira, junho 20, 2007

Só sei que nada sei

Estou numa fase "cabulosa" aqui em Brasília, não dá nem pra comentar. Espero em breve voltar a atualizar o blog com boas notícias. Escrevi isso só para vocês saberem que estou viva e que agora vocês podem adicionar o feed do meu blog no seu orkut, é só escrever www.helenfernanda.com.

terça-feira, junho 12, 2007

Será o Gardenal?

Um visitante que se identificou como Gilmar Coimbra comentou no meu último post:

Ô "minina", antes de mais nada, você DEVE baixar o facho, pois além de atrevidinha, é cega, surda e muda, espiritualmente. Você demonstra ser bem ingênua e fútil, além de preconceituosa e tacanha, ao fazer críticas e comentários sobre um povo, uma nação, uma raça. Tome mais cuidado ao fazer críticas descabidas. Você deveria, antes, fazer autocrítica e investigar quantas imperfeições, falhas e defeitos você tem, para "se achar" a tal. Você diz que é um monte de coisas, mas não percebe que fala apenas do seu pobre eguinho. ACORDA ÔÔÔ!!!

É claro que falo apenas do meu ego porque é essa a intenção do meu blog, mas não concordo que ele (meu ego) seja pobre, muito menos pequeno. Eu não me acho a tal, eu SOU A TAL e um monte de coisas. Imperfeições, falhas e defeitos eu tenho mesmo, graças a Deus, e não cabe a mim apontar meus próprios defeitos, mas sim aos visitantes, afinal de contas vocês têm que servir para alguma coisa. O próprio visitante Gilmar Coimbra, por exemplo, tem um defeito que eu abomino: covardia, não deixou nenhum dado para eu entrar em contato com ele novamente.

Não me lembro de quando eu fiz críticas e comentários sobre um povo, uma nação, uma raça. Se alguém souber em qual post foi, me avise. Será essa falta de memória efeito do Gardenal?

quarta-feira, maio 23, 2007

Vontade de virar estrelinha

Muito ruim!!! Muito ruim mesmo!!! Gripe é muito ruim!!! Principalmente aqui em Brasília, longe dos meus pais. Pelo menos quando fico doente sinto falta deles. Pelo menos para isso serviu, para eu sentir falta dos meus pais. Ontem de manhã eu tava tão mal que até disse pra minha tia que queria morrer. Ela me repreendeu com aquele discurso "catolicamente correto" de sempre. A tarde foi mais tranqüila porque tinha a Maria Eduarda (minha "prima-sobrinha" de 2 anos e 2 meses) para me fazer sorrir.

Obs.: Vontade de virar estrelinha é vontade de morrer, lembrando a tradição indígena que acredita que as estrelas são antepassados que já cumpriram seu papel na terra.

quarta-feira, maio 16, 2007

Demissão em massa de 28 jornalistas em Goiânia

Não sou repórter e nas tentativas de exercer essa função não demonstrei vocação nem prazer pela coisa, mas como jornalista goiana (entenda que nem todo jornalista é repórter) tenho que registrar o que ocorreu na última sexta-feira (11/05/2007) em Goiânia. Eu não estava lá nem conversei com nenhum dos 28 colegas demitidos (grande parte deles dividiu a sala de aula comigo), por isso vou colocar aqui um manifesto que foi divulgado no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás:

Jornalistas também têm direito à liberdade de expressão

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás (SJPG) vêm a público protestar contra a demissão arbitrária de 28 jornalistas do jornal Diário da Manhã, de Goiânia, ocorrida na tarde de sexta-feira, dia 11/05. Protestamos também contra o constrangimento público e o assédio moral aos quais os profissionais foram submetidos.

Os jornalistas foram demitidos por terem exercido o direito de se expressarem livremente, previsto na Constituição brasileira e falsamente defendido pela maioria dos empresários da comunicação. Pacificamente, sem usar palavras, vestiram-se de preto para expressar seu descontentamente com o atraso no pagamento de seus salários. Autoritariamente, o senhor Batista Custódio, dono das empresas Unigraf e Centro-Oeste, mantenedoras do Diário da Manhã, mandou que os descontentes fossem demitidos.

Tão descabido quanto as demissões arbitrárias, foi o comportamento do dono do jornal e, infelizmente, de jornalistas ocupantes de cargos superiores, que se prestaram ao triste papel de assediar moralmente os colegas. Muitos jornalistas foram procurados por seus chefes imediatos para que trocassem de roupa e fossem se desculpar junto ao patrão. Era a forma de salvarem seus empregos. Todos foram obrigados a sair da redação imediatamente após o anúncio da demissão em massa.

Os jornalistas que não haviam aderido ao protesto e os que preferiram salvar seus empregos foram obrigados a usar um adesivo confeccionado pela empresa com o significado "Eu amo o DM" (a palavra amo foi substituída no adesivo por um coração). Os jornalistas que ocupam cargos de chefia foram obrigados, ainda, a assumir a responsabilidade pela demissão dos colegas, em nota publicada na primeira página do Diário da Manhã do dia 12.

Causou-nos espanto a reação despropositada e desproporcional da empresa, que reconheceu de público, na referida nota, que o protesto dos jornalistas era compreensível. De fato, ao trabalhador é facultado receber pelo seu trabalho. Os jornalistas do Diário da Manhã não receberam os salários de janeiro e fevereiro. Receberam o salário de março, mas foram informados de que não havia previsão para o pagamento do salário de abril.

Estranhamente, o dono da empresa não admite que seus funcionários sequer fiquem descontentes com os atrasos constantes do pagamento de salários. Age como se o errado fosse o trabalhador e não ele próprio, que deixa de cumprir suas obrigações legais e éticas. Batista Custódio tenta estabelecer uma relação de compadrio com os jornalistas, em vez de preservar a relação de trabalho. É prática constante da empresa pagar seus profissionais parceladamente, por meio de "vales", que não são adiantamentos, mas pagamentos de salários atrasados. Os "vales", concedidos pessoalmente como se fosse um favor, constrangem os jornalistas e obviamente não suprem suas necessidades materiais. Muitos são os que estão sem energia em casa ou sem telefone. Igualmente, são muitos os endividados.

A FENAJ e o SJPG repudiam essa situação constrangedora a qual os jornalistas do Diário da Manhã são submetidos, ao mesmo tempo em que prestam sua total solidariedade ao grupo que corajosamente decidiu lutar por seus direitos e que, por isso, foi covardemente demitido. As medidas legais para garantir os direitos dos jornalistas foram tomadas. Por fim, reiteramos a necessidade de todos jornalistas do Brasil lutarem contra a precarização das relações de trabalho no mundo do jornalismo e pelos direitos dos trabalhadores, incluído o direito à livre expressão.

Que loucura! Eu cheguei a fazer um teste nesse jornal, mas não passei (assim como não passei em nenhum dos testes para repórter que fiz até hoje). O Batista Custódio inventou uma história cabeludérrima para o evento, daria até novela das seis com participação do Paulo Coelho ou até um livro, quem sabe? Se tiver estômago clique aqui para ler.

Repercussão da demissão em massa nos blogs (alguns desses blogs são de jornalistas que estavam entre os 28): alice carlos emílio erika felipe fellipe frederico ludmilla marcio mosteiro paulo ricardo rodrigo thiago tiago.