Comecei a falar da importância do nome no post 6 erros cometidos em nomes de blogs. Todos os blogueiros querem ser lembrados, ter seus blogs lembrados, mas a maioria parece se esforçar para que isso não ocorra.
A ideia do post eu tive no Twitter, quando vi um publicitário perguntar a outro quem ele era realmente, já que usava vários sobrenomes em diferentes sites da web. Fucei as páginas do segundo publicitário e pude constatar que o rapaz realmente não tinha se decidido. Usava alternadamente três sobrenomes e às vezes se identificava com um apelido, derivado do nome.
Então eu me lembrei que, além dos erros cometidos no nome do blog, existem também muitos erros cometidos em nomes de autores de blog. Desta vez não vou destacar os erros, vou apenas dar duas dicas que, quando realizadas, corrigem todos eles.
1. Escolha bem para não precisa mudar de ideia o tempo todo
Como blogueiro você é um comunicador social e todo comunicador é uma pessoa pública que precisa de um nome pelo qual quer ser conhecido, chamado, lembrado, criticado, xingado, elogiado, convidado, assediado, contrafatado, citado, etc.
Na faculdade de Jornalismo, por exemplo, acaba sendo uma diversão escolher com qual sobrenome vamos assinar as reportagens. Os colegas com “sobrenome de burguês” (como esta, esta, este, esta, esta e este) nem precisam se esforçar muito, enquanto alguns outros (como a autora deste blog) quebram um pouco a cabeça até escolher o sobrenome menos sem graça.
Pesquise primeiro
Seguindo o ordenamento “tradicional”, primeiro você escolheria seu nome de guerra e depois criaria e-mail, domínio, blog, Twitter e o escambau usando o nome escolhido.
Mas as coisas mudaram e como este post é para blogueiros, recomendo fazer diferente: primeiro verificar a disponibilidade do e-mail, domínio, blog, Twitter… para depois confirmar a escolha do nome. Também é importante olhar no Google para ter certeza de que não existe nenhum blogueiro xará famoso com o qual você possa ser confundido.
A primeira e menos burocrática ideia é escolher nome e sobrenome de batismo, porque você já está acostumado a ser tratado por eles desde a pré-escola. Contudo, isso não é uma regra, há várias possibilidades, como usar apenas o nome composto, apelidos, iniciais, etc.
Mantenha a coerência
Escolher como assinatura um pseudônimo, um apelido ou um hipocorístico não impedirá você de usar seu nome real quando necessário, mas só quando necessário e sem deixar de fazer referência a seu nome “artístico”:
- Autora: Beatriz Fontana Silva (Bia Dark)
- Beatriz Fontana "Bia Dark" Silva
- Eu, Beatriz Fontana Silva, mais conhecida como Bia Dark.
2. “admin” não é gente, logo “admin” não bloga
Diferente de uma agência de notícias, como G1, onde um mesmo texto passa por tantas pessoas antes de ser publicado que no fim já é “filho de ninguém” mesmo, em um blog cada texto tem um autor, que é gente.
O blogueiro, sempre que necessário, usa a primeira pessoa do singular para expor suas opiniões, suas experiências, suas sensações, suas preferências… Como pode então o texto de um blog ser assinado por um tal de admin? admin pensa? admin sente cheiro? admin gosta de alguma coisa? Não!
É claro que admin é só um exemplo, mas há muitos sites por aí que se dizem blog, mas quem assina é a empresa toda. Como explicar o fenômeno de uma empresa toda assinar um texto de um blog, que, mesmo em doses sutis, sempre contém sentimentos e opiniões pessoais?
Um site que fazia isso muito bem mal é o Vivo Blog. Em 2008, quando o mesmo começou, os textos eram assinados por ninguém. É claro (trocadilho inevitável) que o “blog” foi muito criticado por isso e tentou corrigir o problema, mas ainda não aprendeu: os autores dos posts têm nome, mas não têm sobrenome.
Outro grave problema é que não fica claro se essa pessoa sem sobrenome que assina o texto é um funcionário, um cliente, um parceiro, um editor do blog… fica tudo no ar, ou seja, você continua sem saber quem está escrevendo de fato.
Já que estamos falando de telefonia móvel, o ClaroBlog, ao contrário, desde o começo diz em cada post nome, sobrenome e função do autor do respectivo texto. Aliás, um dos primeiros posts foi uma apresentação da equipe, algo bem simpático e digno de um blog corporativo que visa a transparência em seu relacionamento com o cliente. Nossa, escrevi tão bonito agora que quase chorei.
Em um blog com muitos autores, cada post deve ter nome, sobrenome e qualificante do autor. Nada de deixar como assinatura admin ou apenas o nome do blog.
Obs.: Deixo bem claro que a comparação entre os dois blogs refere-se única e exclusivamente à autoria dos textos, nada mais.
Sinto que voltarei nesse assunto ainda, mas não sei exatamente quando. Até mais!