Pessoas escrevem, pessoas assinam
Bem, há menos de um mês escrevi o artigo Qual é o seu nome de guerra? Recomendo que leia-o todos que desejam saber mais sobre a importância do nome para o blog marketing, mas para nosso contexto, destaco um parágrafo:
Em um blog (site) com muitos autores, cada post deve ter nome, sobrenome e qualificante do autor. Nada de deixar como assinatura admin ou apenas o nome do blog.
O que é preciso entender é que admin não é gente, admin não escreve texto, admin não ama, admin não ora, logo admin não tem competência nenhuma para assinar qualquer atualização de um blog católico. Quem assina é a Maria dos Silva, o Jonas Ferreira, a Poliana Alves, o Tiago Augusto… gente que pensa, que decide, que cria, que chora, que se alegra… Largem mão de uma vez por todas desse tal de admin e passem a usar os lindos nomes que vossos pais escolheram com tanto carinho.
Assinar com o nome do grupo de oração ou do ministério pode até ser menos feio que admin, mas o problema é o mesmo, já que tenta, sem sucesso, tornar impessoal algo que é extremamente pessoal: a escrita de um texto, a escolha de um vídeo, de uma música, a divulgação de um site, um comentário sobre um show… só gente faz essas coisas. Deixe o nome do grupo para o cabeçalho do site e para conteúdos que realmente forem criados coletivamente.
Quem é quem?
Nossa! Que falta eu sinto de ver em muitos sites católicos os nomes dos irmãozinhos corajosos que estão levando esse projeto à frente. Não tenha medo! A parte mais difícil você já fez, agora assume! Seja para elogiar, para sugerir, para convidar, para interceder… queremos ver os nomes da sua equipe no site. Saiba quem esperamos encontrar quando entramos em um site de:
- Grupo de oração → coordenador, membros do núcleo, membros dos ministérios
- Ministério do grupo de oração (música, intercessão) → membros da equipe
- Ministério da diocese → coordenador diocesano, membros da equipe
- RCC da diocese → coordenador diocesano, coordenadores diocesanos dos ministérios, membros do MCS
Não é preciso pesquisar muito para perceber que estamos bem tímidos nesse quesito, mas estamos aprendendo. Ah! E sempre que possível, coloquem fotos dos abençoados. Aqui mesmo estamos devendo isso, mas logo vamos providenciar.
Estarmos juntos é o que há
Quando um site católico passar a existir em função de si mesmo e/ou em função da própria web ele estará deixando de lado o mais importante.
Nós somos a Igreja, que vive em comunidade, que partilha, que comunga, que ri unida, que ora unida, que serve unida… Os nossos sites devem incentivar sempre a proximidade física, momentos em que de fato estaremos juntos, onde de fato viveremos em comunidade, tais como:
- Grupo de oração;
- Missas;
- Seminários de Vida no Espírito;
- Vigílias;
- Formações;
- Encontros;
- Matinês, tardes e noites de louvor;
- Shows católicos;
- Todos os outros eventos católicos que você imaginou.
Se é um grupo de oração ou um ministério que tenha formações livres em dias fixos, é importante deixar isso bem visível no site, no cabeçalho ou alguma seção que apareça em todas as páginas. Eventos como shows, formações, seminários, também devem ser sempre divulgados nos posts com textos, cartazes, vídeos e outros recursos que valorizem a sua importância.
Quem está longe, sinta-se em casa!
O fato de incentivarmos a proximidade física, não nos impede de forma alguma de valorizar quem está longe, fazendo com que ele também se sinta acolhido. Ao contrário, em muitos casos pode ser o primeiro contato dessa pessoa com a RCC, com a Igreja, incentivando-a a buscar a comunidade mais próxima.
Também há os casos em que a web é a única possibilidade de proximidade cristã, seja por impedimento geográfico, de trabalho, de horário, de saúde. Com o intuito de chegarmos a essas pessoas realizamos transmissões ao vivo, partilhamos vídeos, fotos, músicas, textos… e tudo isso pode ser acessado de qualquer lugar do planeta que precisam se sentir perto de nós, mesmo que nunca as vejamos neste mundo.
Encerro com uma frase de um historiador romano que li na minha agenda esta semana:
Os cristãos vivem na própria pátria, mas como estrangeiros. Participam de tudo como cidadãos e tudo suportam como peregrinos. Consideram toda a terra estrangeira como sua pátria, e a própria pátria como terra estrangeira. Vivem aqui na terra, mas são cidadãos do Céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas como o exemplo de suas vidas, superam as leis. (Flávio Josefo)
Imagens do site Wikimedia Commons
Paz e bem!